LEVANTAMENTO
Brasil é o terceiro ‘país-chave’ com mais ataques de malware no mundo

O Brasil aparece em terceiro lugar no ranking de “países-chave” mais afetados por malware em 2023, segundo relatório divulgado pela empresa de segurança cibernética Acronis. Utilizando uma base de dados com cerca de 1 milhão de endpoints oriundos de territórios considerados estratégicos pelo grupo, o estudo analisou o aumento nas ameaças à segurança virtual no mundo e destacou o Brasil como um dos principais alvos do globo, atrás apenas de Singapura e Espanha.

O relatório atribui o crescimento dos ciberataques à popularização de ferramentas com inteligência artificial (IA) generativa, como o ChatGPT.

O que diz o relatório da Acronis
Um dos principais pontos do relatório divulgado pela Acronis é o fato de o Brasil ser um dos territórios mais visados por ataques de malware, perdendo apenas para Singapura e Espanha entre os países-chave analisados. O estudo indica ainda que a taxa de detecção de malwares ficou em 10,2% em novembro e em 8,6% em dezembro. Apesar da queda, esse índice manteve-se normalizado em 22,3%. Esses dados comprovam a necessidade das instituições brasileiras investirem em defesas de cibersegurança potentes, que consigam barrar o constante aprimoramento e rápida disseminação de ataques cibernéticos.

O relatório também indica um cenário de alto risco. No segundo semestre de 2023, 28 milhões de URLs foram bloqueadas pela empresa em endpoints, um número 36% menor do que no mesmo período do ano anterior. Já a quantidade de e-mails com spam segue em alta, sendo proporcional a 33,4% de todos os e-mails recebidos pelas instituições. Dentre estes, 1,5% continham malware ou links de phishing. Além disso, a Acronis aponta para a rápida disseminação dos malwares, que tendem a persistir por 2,1 dias antes de desaparecer.

Outra ameaça que ainda é bastante significativa é o ransomware, um tipo de software malicioso que “sequestra” dados ou dispositivos por meio de criptografia, liberando-os apenas após pagamento de resgate. O relatório aponta que, apenas no quarto trimestre de 2023, foram 1.353 casos de ransomware reportados publicamente. Em destaque neste tipo de crime, estão os grupos LockBit, Play, ALPHV e o Cyber Toufan — que, só no mês de dezembro, vitimou 91 instituições.

O Diretor Sênior de Tecnologia da Acronis, Alexander Ivanyuk, afirmou que, em 2023, a detecção de ataques por e-mail cresceu 222% em relação ao segundo semestre de 2022. Já o número de ataques por organização aumentou 54% no mesmo período.

 

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