A presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), desembargadora Agamenildes Dias, negou neste sábado (21) recurso da defesa para revogar a prisão de Kaline Neres do Nascimento, uma dos alvos da Operação Território Livre, deflagrada pela Polícia Federal para investigar o aliciamento violento eleitoral.
Kaline está presa no Presídio Julia Maranhão desde quinta-feira (19) e tentou reverter a prisão preventiva em domiciliar pelo fato de ter filhos menores de idade, uma com um ano e seis meses, outra com nove anos com transtorno do espectro autista, as quais dependem de seus cuidados diretos.
O pedido foi negado pela juíza Virgínia Gaudêncio de Novais, da 76ª Zona Eleitoral de João Pessoa. A magistrada entendeu que a liberdade de Kaline “constitui uma ameaça à ordem pública”.
De acordo com a Polícia Federal, Kaline Nascimento era uma das articuladoras da campanha da vereadora Raissa Lacerda (PSB) no bairro do Alto do Mateus e usava sua influência aliciar os eleitores na comunidade.
Entenda
A Polícia Federal deflagrou a segunda parte da Operação Território Livre II que investiga o aliciamento violento de eleitores em João Pessoa. Na ocasião a vereadora Raissa Lacerda, candidata a reeleição, foi presa durante a ação policial. Confira, mais abaixo, as notas enviada pela assessoria da parlamentar e da Câmara Municipal.
De acordo com as autoridades, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventivas e sete de busca e apreensão, no bairro Alto do Mateus e em São José, incluindo uma Organizações não Governamentais (ONG).
A Câmara Municipal de João Pessoa divulgou uma nota em que explicava que a “Procuradoria-Geral vem acompanhando de perto os desdobramentos da Operação Território Livre, da Polícia Federal”, e que “a Casa do Povo, composta por representantes legítimos da população”.