O Brasil anunciou nesta segunda-feira (6) a entrada da Indonésia como um membro pleno do Brics. O bloco é presidido pelo Brasil em 2025.
A entrada do país asiático no grupo ocorre em momento que o Brics busca ampliar influência e número de países. O grupo foi originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2010, a África do Sul ingressou no bloco após ser convidada.
A entrada da Indonésia sob a presidência brasileira do Brics acontece em um momento de sucessivas tentativas de ampliação do bloco.
Em 2023, o grupo aprovou a entrada mais seis países, entre os quais Irã, Egito e Etiópia – a Argentina, que integrava essa lista, desistiu de participar quando Javier Milei assumiu a Casa Rosada no lugar de Alberto Fernández.
Além disso, no ano passado, o grupo passou também a discutir a criação da categoria de países parceiros, com status inferior ao dos membros efetivos, mas com possibilidade de participar de cúpulas e reuniões. Entre esses países, estão Cuba, Turquia, Tailândia, Nigéria e Argélia.
Especialistas em relações internacionais e em economia avaliam que a ampliação do Brics, com a entrada de novos países, e a discussão sobre a criação da categoria de parceiros, na prática, amplia a influência geopolítica da Rússia e da China.
Eles divergem, porém, sobre os efeitos econômicos das medidas.
Para o professor José Luís da Costa Oreiro, do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, a busca pela ampliação do bloco é uma briga por hegemonia entre China e Rússia, de um lado, e Estados Unidos e Europa, de outro.
Na prática, acrescenta o professor, há uma disputa por áreas de influência ao redor do mundo, a exemplo do que motivou a criação de outros grupos, como o G7.