Personal trainers de João Pessoa estão denunciando academias por cobranças indevidas de fardamento para os profissionais, uma prática que tem gerado insatisfação e preocupação entre os membros da categoria. Os personal trainers afirmam que as academias têm imposto valores elevados para a aquisição do fardamento, obrigando os profissionais a arcarem com os custos.
A situação tem despertado o interesse de entidades que buscam garantir os direitos dos trabalhadores da área e cobram providências dos órgãos de fiscalização.
Em entrevista à Arapuan FM, Romário Leite, dirigente da Associação de Personal Trainers de João Pessoa, destacou que a prática é recorrente e está prejudicando os profissionais da área.
“De forma geral, é algo ilegal, é ilícito e chega a ser abusivo. As academias estão impondo cobranças altíssimas. Na Academia Smart, por exemplo, o valor do fardamento pode ultrapassar os R$ 300”, revelou. Segundo ele, muitos profissionais se veem obrigados a pagar por um uniforme que, em muitos casos, não têm necessidade de usar ou não concordam com as condições impostas.
A denúncia dos personal trainers não se restringe a uma única academia e, de acordo com Leite, diversas outras instituições estão adotando a mesma prática, o que tem gerado uma pressão crescente por parte da categoria. “As academias devem fornecer os materiais de trabalho adequados e não impor custos adicionais aos profissionais. Além disso, qualquer cobrança que seja considerada indevida precisa ser coibida para proteger os direitos dos trabalhadores”, afirmou.
A Associação de Personal Trainers está, inclusive, buscando respaldo jurídico para que a prática seja coibida e as academias que insistem nessa cobrança sejam responsabilizadas. A fiscalização, segundo Leite, precisa ser mais rigorosa para garantir que essas ações ilegais não se proliferem.
Ele também lembrou que, além de prejudicar financeiramente os profissionais, essa prática pode afetar a qualidade do serviço prestado aos alunos, uma vez que os personal trainers se veem forçados a direcionar recursos que poderiam ser investidos no aprimoramento da profissão para o pagamento de uniformes.