O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou, nesta segunda-feira (24), o partido conservador União Democrata Cristã (CDU) da Alemanha e seu líder, Friedrich Merz, pela vitória nas eleições nacionais realizadas no domingo (23). Com o resultado, Merz se aproxima da posição de próximo chanceler do país.
Em nota oficial, Lula destacou que a eleição ocorre em um momento de grande sensibilidade geopolítica e econômica no cenário global, mas também de esperança e oportunidades para avanços conjuntos.
O presidente brasileiro enfatizou a longa parceria entre Brasil e Alemanha em diversos temas da agenda global. Segundo ele, a implementação do acordo entre Mercosul e União Europeia, assim como a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) no Brasil, contribuirão para fortalecer essa cooperação.
“A Alemanha é um país amigo e um parceiro estratégico do Brasil na defesa da democracia, do multilateralismo, do desenvolvimento sustentável e da proteção dos direitos humanos”, afirmou Lula na nota.
Ele também ressaltou o compromisso de ambos os países com reformas na governança global e expressou confiança de que Brasil e Alemanha continuarão trabalhando juntos para ampliar as convergências e fortalecer sua presença no cenário internacional.
Contexto da eleição
A votação ocorreu em meio a um período de recessão econômica, com dois anos consecutivos de retração, e ao avanço da extrema-direita no país.
Após uma campanha marcada por ataques violentos e interferências do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o bloco conservador da CDU conquistou 28,5% dos votos, seguido pelo partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), com 20%, segundo pesquisa de boca de urna divulgada pela emissora pública ZDF.
Friedrich Merz, de 69 anos, não possui experiência no Poder Executivo. Com uma postura liberal na economia, ele prometeu exercer uma liderança mais ativa que seu antecessor, Olaf Scholz, e reforçar as relações da Alemanha com seus principais aliados, ampliando o protagonismo do país na Europa.
