BOLETIM
Após melhora, papa Francisco tem mais uma noite tranquila no hospital, diz Vaticano

O papa Francisco, que enfrenta uma pneumonia dupla, teve mais uma noite tranquila, informou o Vaticano nesta quinta-feira (27). “O Papa dormiu bem à noite e agora está descansando”, descreve a nota, sucinta, como de praxe nos comunicados da Santa Sé.

O pontífice chega ao 14º dia de internação hospital Agostino Gemelli, em Roma.
Sua condição clínica, a mais complexa que enfrenta em seu papado, mostrou uma leve melhora no período anterior. A leve insuficiência renal observada nos últimos dias cessou. O quadro geral de estabilidade é visto como um sinal importante pelo Vaticano.

Mulher participa da prece do Santo Rosário, na quarta-feira (26), na Praça São Pedro; celebrações pela saúde de Francisco estão sendo organizadas todas as noites no Vaticano Dimitar Dilkoff AFP A imagem mostra uma mulher em um momento de reflexão ou tristeza, com as mãos cobrindo o rosto. Ela está em frente a uma grade, em uma praça iluminada à noite, onde há várias cadeiras vazias.

Ao fundo, é possível ver um obelisco e outras pessoas em pé, também em silêncio. A tomografia computadorizada do tórax, realizada na terça-feira (25), mostrou uma evolução normal do quadro inflamatório pulmonar. Os exames de sangue e hematológicos confirmaram a evolução. O papa continua submetido à terapia com oxigênio de alto fluxo e não apresentou nenhuma crise respiratória asmática no dia. Prossegue também com fisioterapia respiratória.

O prognóstico continua sendo tratado como “cauteloso” pela Santa Sé. Apesar da ponderação, o boletim de quarta-feira (26) foi o primeiro a não descrever o quadro clínico como grave. Ouvido em caráter reservado, funcionário do Vaticano disse que a ausência da classificação não significava uma avaliação médica. A Santa Sé não descarta uma entrevista com os médicos que cuidam do pontífice até o fim da semana.

Este já é o período de internação mais longo de Jorge Mario Bergoglio, 88, desde que se tornou papa em 2013, superando o período de dez dias em 2021, quando se submeteu a uma cirurgia eletiva no intestino.

Francisco está se alimentando normalmente e, dentro do possível, movimenta-se no quarto. Na noite de terça-feira (25) já mostrava um quadro de estabilidade, sem novas crises respiratórias e exames de sangue estáveis. A condição de saúde, porém, ainda era considerada grave. Na segunda-feira (24), a Santa Sé havia informado que a “insuficiência renal leve”, relatada pela primeira vez no fim de semana, não era motivo de preocupação. Foi o primeiro sinal positivo desde o agravamento de seu estado de saúde.

No sábado (22), Francisco chegou a precisar de transfusão de sangue depois de uma “crise respiratória prolongada”, uma situação que não se repetiu desde então. Ele tem uma pneumonia dupla, uma infecção grave que pode inflamar e causar cicatrizes em ambos os pulmões, dificultando a respiração. O Vaticano descreveu o quadro infeccioso como complexo, causado por dois ou mais micro-organismos.

O papa é particularmente propenso a infecções pulmonares porque desenvolveu pleurisia quando jovem e teve parte de um pulmão removido. Ele segue sob a terapia com oxigênio e sob a mesma medicação dos últimos dias.

A saúde debilitada não o afastou da liderança da Igreja Católica, ainda que boa parte das atividades estejam obviamente prejudicadas. Ainda na terça-feira (25), um decreto sobre canonizações foi divulgado após reunião na véspera de Francisco com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano. Um consistório, reunião de cardeais, foi marcado para oficializar as indicações, como de praxe, mas com data em aberto. A discussão na imprensa italiana é que, há exatos 12 anos, Bento 16 convocou um encontro para o mesmo fim e renunciou.

Em Roma, a prece do Rosário pela saúde do papa foi realizada pela terceira noite seguida na praça São Pedro. Na quarta-feira (26), o evento foi conduzido pelo cardeal italiano Giovanni Battista Re. Nos dias anteriores, as celebrações foram conduzidas pelo cardeal filipino Luis Antonio Tagle e por Parolin, todos próximos a Francisco.

Ainda que a lista sugira uma hierarquia, o Vaticano declarou que não há ordem estabelecida de celebrantes e que as escolhas se devem também à conveniência da Santa Sé, já que não há uma convocação extraordinária de religiosos neste momento.

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