A Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG) aprovou, nesta terça-feira (15), por 14 votos a 9, o projeto de lei que autoriza o Executivo a abrir crédito suplementar de até 30% no orçamento municipal de 2025. A proposta, encaminhada pelo prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), foi debatida em plenário e teve apoio de três vereadores da oposição, o que foi decisivo para a aprovação.
Os parlamentares Rostand Paraíba (PP), Valéria Aragão (Republicanos) e Márcio da Eletropolo (PSB), embora integrem partidos de oposição, seguiram a orientação do depugado governista e presidente da Assebleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (Republicanos) e votaram a favor da matéria.
Durante a sessão, Rostand justificou seu voto destacando obras realizadas com recursos suplementares anteriores, como a requalificação da Avenida Félix Araújo, na Zona Leste da cidade e que, as questões políticas ficam de lado quando se trata da população de Campina. “Se é para beneficiar Campina Grande, meu voto é sim”, declarou.
A matéria autoriza o remanejamento de recursos dentro do orçamento municipal, ampliando de 10% para até 30% o limite de suplementação, o que, segundo o governo, garantirá maior agilidade na execução de políticas públicas, especialmente nas áreas de saúde, infraestrutura e mobilidade urbana.
O vereador Olímpio Oliveira (Podemos), por outro lado, criticou duramente a proposta e a gestão do prefeito. Segundo ele, a suplementação revela a falta de planejamento da administração. “É lamentável que, em quatro anos, o governo ainda não saiba elaborar um orçamento que não precise de tantos ajustes”, afirmou.
A votação contou com a presença de 21 vereadores em plenário e dois participando de forma remota. O presidente da Casa, Saulo Germano, não votou, conforme determina o regimento interno, exceto em caso de empate.
Com a aprovação do projeto, a Prefeitura de Campina Grande ganha mais flexibilidade para gerir o orçamento em 2025, mas o debate também expôs fissuras dentro da oposição e acirrou o tom entre os que apoiam e os que criticam a condução financeira do Executivo municipal.