A fusão entre PSDB e Podemos, prevista para ser oficializada até o fim de abril, não deve provocar grandes mudanças no cenário político da Paraíba. Isso porque, no estado, as duas legendas já atuam de forma alinhada, compondo o bloco de oposição ao governo estadual.
Na bancada federal paraibana, os deputados Ruy Carneiro e Romero Rodrigues, atualmente filiados ao Podemos, têm trajetória política fortemente ligada ao PSDB, partido pelo qual disputaram diversos cargos ao longo dos anos. Mesmo com a recente saída de Pedro Cunha Lima do PSDB para o PSD, os tucanos paraibanos continuam sob a liderança de um aliado histórico do grupo Cunha Lima: o deputado estadual licenciado Fábio Ramalho, além de contar com a deputada estadual Camilla Toscano na Assembleia Legislativa.
A unificação das duas siglas tem como objetivo principal fortalecer a centro-direita no Congresso Nacional, além de ampliar a competitividade eleitoral diante do atual cenário de fragmentação partidária e das articulações visando as eleições de 2026.
Segundo o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, o partido unificado utilizará temporariamente o nome “PSDB+Podemos” até a escolha oficial da nova identidade visual e denominação definitiva. “Vamos realizar uma ampla pesquisa com os filiados e também científica para definir o novo nome e número. Eu defendo que nosso mascote seja um cachorrinho”, declarou Perillo em entrevista recente.
Atualmente, PSDB e Podemos somam 25 cadeiras na Câmara dos Deputados — 13 do PSDB e 12 do Podemos — além de sete assentos no Senado Federal, sendo quatro do Podemos e três do PSDB. A expectativa é que a fusão traga novo fôlego às duas siglas no cenário político nacional.
