MINISTRA DA CULTURA
Margareth defende espaço garantido para o forró em festas juninas e quer proteção as raízes culturais

Durante entrevista concedida nesta quarta-feira (23) à rádio Arapuan FM, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, defendeu a criação de uma espécie de “reserva de mercado” para o forró e outras expressões da cultura popular nas grandes festas de São João. A fala ocorreu durante sua participação no programa Arapuan Verdade.

Para a ministra, é necessário preservar o caráter tradicional das celebrações juninas, garantindo espaço para artistas regionais e manifestações culturais nordestinas. “Acho que tem lugar para todos os ritmos, mas é preciso respeitar o protagonismo da cultura popular nessas festas. O São João é um momento de afirmação das nossas raízes”, afirmou.

Margareth, que já se apresentou nos festejos de Campina Grande (PB) e Caruaru (PE) — considerados os dois maiores do gênero no Nordeste —, relembrou que, nas ocasiões, priorizou um repertório exclusivamente voltado ao forró. “Sou nordestina e quando cantei no São João, foi só forró. Precisamos valorizar quem constrói essa identidade cultural”, destacou.

Ela também criticou a crescente presença de outros estilos musicais — como sertanejo, funk, pop e música eletrônica — nos eventos juninos, o que, segundo artistas do forró, tem prejudicado tanto a visibilidade quanto os ganhos financeiros dos músicos locais. “Não se trata de preconceito, mas de dar visibilidade à cultura que deu origem a essas festas”, completou.

A ministra esteve em João Pessoa para participar do 2º Encontro Nacional de Gestores de Cultura e aproveitou a ocasião para visitar a Associação Cultural Balaio Nordeste. Na oportunidade, reiterou o compromisso do Ministério da Cultura em apoiar o processo de reconhecimento do forró como patrimônio cultural imaterial do Brasil.

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