BASE GOVERNISTA
Lucas adota cautela sobre eleições de 2026, mas aponta que será o candidato do grupo em 2026

 

Durante uma vistoria nas obras do Centro de Convenções de Campina Grande, nesta terça-feira (13), o vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro (PP), evitou se aprofundar nas discussões sobre a sucessão estadual de 2026. Em tom cauteloso, o vice-governador reforçou que o foco atual da gestão é a continuidade das entregas e investimentos em infraestrutura por todo o estado.

“O governo tem tantas coisas para entregar, tantas obras a iniciar, tantas ordens de serviço… Esse tem sido nosso foco e entusiasmo. A formação de chapa acontecerá de forma tranquila, com muito diálogo entre os partidos e lideranças e, principalmente, ouvindo a população. Esse é o modelo de gestão que deve se manter nos próximos quatro anos na Paraíba”, afirmou Lucas durante entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM.

Apesar do discurso conciliador, os bastidores do cenário político paraibano revelam uma movimentação mais intensa por parte do vice-governador. Lucas já iniciou passos típicos de uma pré-campanha ao Governo da Paraíba: montou uma equipe de comunicação, liderada pelo jornalista Daniel Lustosa, e contratou a agência Mosh, responsável pela criação do programa partidário do Progressistas, veiculado em abril. No conteúdo, Lucas foi o principal protagonista, aparecendo como símbolo da nova geração política do estado.

Além disso, o partido Progressistas — que integra a base aliada do governador João Azevêdo (PSB) — vem trabalhando para consolidar sua posição como possível herdeiro do projeto político encabeçado pelo atual chefe do Executivo. O governador, por sua vez, já admitiu publicamente considerar uma candidatura ao Senado Federal em 2026, o que deve provocar uma reconfiguração na composição da chapa majoritária da base aliada.

Outro nome que começa a despontar com força na disputa é o do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP). Reeleito com ampla vantagem em 2024, Cícero tem ampliado sua presença política em diversas regiões do estado — incluindo Sertão, Cariri, Brejo e Litoral — em agendas institucionais e partidárias. A movimentação é interpretada como sinal claro de que o gestor da capital também está de olho na cadeira principal do Palácio da Redenção.

A perspectiva de duas lideranças do PP — Lucas Ribeiro e Cícero Lucena — mirando o mesmo cargo coloca o Progressistas em uma posição estratégica, mas também desafiadora. O partido precisará conciliar interesses internos e manter a sintonia com os demais aliados da base, como o PSB e o Republicanos, para evitar divisões que enfraqueçam o grupo governista em 2026.

Cenário em transição

Com a possível saída de João Azevêdo do Executivo para disputar o Senado, o campo governista se reorganiza. O PSB, partido do governador, também reivindica protagonismo na chapa majoritária, conforme declarado recentemente pelo secretário de Administração e pré-candidato a deputado estadual Tibério Limeira, que defendeu a ocupação de espaços estratégicos pela legenda, como a vice-governadoria ou a própria candidatura ao Senado.

Enquanto isso, a oposição também começa a articular seus nomes, e lideranças como o ex-ministro Agnelo Queiroz, o senador Efraim Filho (União Brasil), e o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) são apontados como possíveis candidatos à sucessão estadual.

Diante de um cenário político ainda em formação, os próximos meses serão decisivos para consolidar alianças, medir forças dentro dos partidos e definir quem representará a continuidade ou a mudança no comando da Paraíba a partir de 2026.

 

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