Durante discurso no Congresso Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), neste domingo (1º), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, caso esteja em boas condições de saúde e motivado, fará de tudo para impedir o retorno da extrema-direita ao comando do país nas eleições de 2026.
“Se eu estiver com saúde, como eu estou, apaixonado, como eu estou, e motivado do jeito que eu estou, a extrema-direita não volta a governar esse país”, declarou Lula, arrancando aplausos da plateia.
O evento marcou a posse do prefeito do Recife, João Campos (PSB), na presidência nacional do PSB, e contou com a presença da primeira-dama Janja da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e de várias lideranças do campo progressista.
A fala de Lula reforça o clima de articulação para as eleições de 2026, ano em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), principal nome da direita no país, estará impedido de disputar cargos eletivos. Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante o processo eleitoral de 2022.
A inelegibilidade do ex-presidente, que vale por oito anos, o exclui da disputa presidencial até 2030. A decisão foi baseada em uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, transmitida pela TV Brasil, na qual Bolsonaro fez ataques ao sistema eleitoral brasileiro e à lisura das urnas eletrônicas.
Com a liderança da extrema-direita fora do páreo, Lula e os partidos da base governista buscam consolidar alianças e fortalecer candidaturas capazes de manter o atual projeto político no comando do país.