Durante discurso no Congresso Nacional do PSB, realizado nesse domingo (1º), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo público ao governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), para que ele dispute uma vaga no Senado Federal nas eleições de 2026.
O pedido, feito diante de lideranças do partido e demais aliados, foi interpretado como parte de uma estratégia nacional do governo para fortalecer a base progressista no Congresso. “Em 2026, nós precisamos pensar o seguinte, companheiro João: precisamos eleger senadores da República”, declarou Lula, dirigindo-se diretamente ao governador paraibano.
Na sequência, o presidente reforçou a importância de ampliar a bancada aliada no Senado. “Porque, se esses caras elegerem a maioria dos senadores, eles farão uma muvuca nesse país. É importante levar em conta que, onde for necessário, temos que ter candidatos a governador. Agora, para o Brasil, o mais urgente é eleger senadores”, afirmou.
Lula ainda justificou a necessidade de investir nas candidaturas ao Legislativo: “Precisamos dos nossos melhores quadros no Senado e na Câmara. Se não tivermos maioria, esses caras vão avacalhar com a Suprema Corte”, disse, em referência às ameaças do campo bolsonarista de promover pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal.
O discurso foi recebido como uma convocação política direta a Azevêdo. A mensagem se tornou ainda mais clara com a reação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, que, sentado ao lado do governador, sorriu e cochichou em seu ouvido. Azevêdo, por sua vez, reagiu positivamente ao gesto.
A fala do presidente foi interpretada como mais do que um convite pessoal: tratou-se de uma sinalização estratégica para consolidar a presença do campo progressista no Senado nas próximas eleições.
