O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), poderá deixar Israel nesta segunda-feira (16), após dias retido no país devido à escalada do conflito com o Irã. A informação foi confirmada pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, que tem acompanhado a situação de autoridades brasileiras na região.
Cícero está em Tel Aviv desde o início da crise, que se intensificou com ataques mútuos entre forças israelenses e iranianas. A visita, que inicialmente tinha objetivos diplomáticos e institucionais, coincidiu com o agravamento das tensões e o estado de alerta máximo decretado pelo governo israelense. Desde então, o prefeito paraibano e outros brasileiros aguardam uma oportunidade segura para deixar o país.
Segundo Carlos Viana, a saída de Cícero e de outros representantes brasileiros deverá ser feita por meio de uma travessia terrestre até a Jordânia, escoltada pelas Forças de Defesa de Israel (FDI). A operação conta com apoio logístico da Embaixada do Brasil em Tel Aviv e coordenação diplomática entre os dois países. A expectativa é que o grupo cruze a fronteira ainda nesta segunda, embora o Itamaraty e a Embaixada de Israel ainda não tenham confirmado oficialmente a execução do plano.
A viagem de Cícero a Israel fazia parte de uma missão internacional voltada à troca de experiências em áreas como tecnologia, segurança pública e inovação urbana. Com o agravamento do conflito, o prefeito suspendeu os compromissos oficiais e passou a priorizar os contatos com autoridades diplomáticas brasileiras para garantir o retorno seguro.
O Ministério das Relações Exteriores já havia informado que acompanha de perto a situação de todos os brasileiros em áreas de risco no Oriente Médio. Desde o início da crise, a pasta intensificou as comunicações com embaixadas na região e reforçou a orientação para que cidadãos brasileiros evitem deslocamentos e sigam as instruções das autoridades locais.
Ainda não há previsão exata de chegada de Cícero ao Brasil, mas fontes próximas ao gestor municipal indicam que o retorno deve ocorrer assim que ele chegar à Jordânia e conseguir embarcar em voo seguro para a América do Sul.