As contas do governo registraram déficit primário de R$ 43 bilhões em 2024, segundo informações divulgadas pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (30).
O saldo negativo equivale a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB) – que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Apesar do rombo, a meta fiscal para o ano foi formalmente cumprida.
Na comparação com o ano de 2023, quando foi registrado um déficit total de R$ 228,5 bilhões, houve uma queda de 81% no resultado negativo.
O desempenho das contas públicas em 2024 também foi o melhor desde 2022, quando foi registrado um superávit de R$ 54 bilhões.
O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se as receitas ficam acima as despesas, o resultado é de superávit primário. Os valores não englobam os juros da dívida pública.
Embora o rombo total tenha sido de R$ 43 bilhões, a equipe econômica considera que o déficit primário somou R$ 11,03 bilhões, uma vez que são excluídos da meta fiscal os créditos extraordinários abertos para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul e para incêndios no Pantanal e na Amazônia, assim como aportes de R$ 1,35 bilhão feitos ao Judiciário e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Feitas essas exclusões, considera-se que o déficit primário de 2024 foi equivalente a 0,09% do PIB.