O médico pediatra Fernando Cunha Lima, de 81 anos, foi preso nesta sexta-feira (7) após permanecer foragido da justiça por quatro meses. A informação é do jornalista Luís Torres durante o programa “Arapuan Verdade”, transmitido pela rádio Arapuan FM, e confirmada pela Polícia Civil da Paraíba.
De acordo com o secretário de Segurança Pública da Paraíba, Jean Nunes, ele foi preso em um flat no bairro do Jangua, em Paulista, na região metropolitana de Recife, no Pernambuco.
Nunes disse ainda que forças de segurança da Paraíba dará todos os detalhes sobre a prisão em uma coletiva de imprensa, às 15h.
Entenda o caso
Em dezembro de 2024, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) apresentou uma segunda denúncia contra o médico, acusando-o de crimes de estupro de vulnerável contra duas crianças, de 2 e 4 anos de idade. Segundo o promotor de Justiça Bruno Leonardo Lins, responsável pela denúncia, a conduta do acusado vem sendo repetida desde os anos 1990, inclusive contra crianças de sua própria família.
O promotor também solicitou que alguns depoimentos do primeiro processo fossem incorporados aos novos autos para evitar que as vítimas fossem obrigadas a prestar depoimento novamente, evitando a “revitimização” e um “constrangimento desnecessário”. Além disso, uma sobrinha do acusado, que afirma ter sido vítima de estupro na infância, será testemunha neste caso.
O MPPB requereu a condenação do acusado e a reparação de danos materiais e morais no valor de 400 salários mínimos por vítima, além da prisão preventiva por pedofilia. Também foi solicitada a proibição do exercício da profissão de médico, sendo que o pediatra já estava suspenso temporariamente de exercer a medicina, após decisão do Conselho Federal de Medicina e deliberação do Conselho Regional de Medicina.
Fernando Cunha Lima já respondia judicialmente por estupro contra seis crianças. Em um primeiro processo, são quatro vítimas, e em um segundo, há mais duas. Em agosto de 2024, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba determinou a prisão preventiva do médico, além de autorizar buscas e apreensões de aparelhos eletrônicos e fichas médicas em sua posse.
A prisão de Fernando Cunha Lima representa um desdobramento significativo no caso, trazendo alívio para as famílias das vítimas e para a sociedade paraibana, que acompanha o desenrolar das investigações e dos processos judiciais relacionados às acusações contra o médico.
