AUMENTO DA TENSÃO
Trump acusa Irã de estar por trás de ataques dos Houthis e diz que país sofrerá consequências

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Irã é responsável pelos ataques dos Houthis em um post na rede social Truth Social, nesta segunda-feira (17). Na publicação, ele também acusou o país de se colocar como “vítima inocente” e afirmou que haverá consequências “terríveis” pelas ações.

“O Irã tem se feito de ‘vítima inocente’ de terroristas desonestos dos quais eles perderam o controle, mas eles não perderam o controle. Eles estão ditando cada movimento, dando-lhes as armas, fornecendo-lhes dinheiro e equipamento militar altamente sofisticado, e até mesmo, a chamada ‘Inteligência’. Cada tiro disparado pelos Houthis será visto, deste ponto em diante, como sendo um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, e o Irã será responsabilizado, e sofrerá as consequências, e essas consequências serão terríveis!”, escreveu Trump no post.

Os Estados Unidos realizaram novos ataques aéreos contra os Houthis no Iêmen nesta segunda, informou a TV Al Masirah, ligada ao grupo rebelde.

Trump, assim que assumiu o seu segundo mandato na Casa Branca, restaurou a política de pressão máxima contra o governo iraniano e intensificou sanções para tentar pressionar o país a negociar o seu programa nuclear. O Irã vem negando, repetidamente, que esteja produzindo armas nucleares e afirma que o apelo do presidente americano por negociações é apenas uma “enganação”.

“Que ninguém se deixe enganar! As centenas de ataques feitos pelos Houthis – os mafiosos e bandidos sinistros baseados no Iêmen, que são odiados pelo povo iemenita – emanam e são criados pelo Irã. Qualquer ataque ou retaliação adicional dos Houthis será recebido com grande força, e não há garantia de que essa força pare aí”, afirmou.

Ataque dos EUA aos Houthis

O novo ataque contra os Houthis faz parte de um plano em larga escala contra o grupo ordenado no sábado (15) por Trump. O número de mortes causadas pelos bombardeios americanos subiu para 53 nesta segunda.

A investida é a maior operação militar dos EUA no Oriente Médio desde o retorno de Trump à Casa Branca, e aumenta a pressão sobre o grupo aliado ao Irã para a interrupção de ataques a navios cargueiros no Mar Vermelho.

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou no domingo (16) em entrevista à TV “Fox News” que a ação militar contra os Houthis será “implacável” e vai acabar apenas quando o grupo rebelde se desmobilizar completamente.

“Trata-se de colocar um fim nos disparos contra ativos naquela hidrovia tão importante, para retomar a liberdade de navegação, que é um interesse nacional central dos Estados Unidos, e o Irã tem capacitado os Houthis por tempo demais. É melhor eles recuarem”, disse Hegseth.

Os ataques dos EUA no Iêmen podem continuar por semanas, segundo um oficial americano ouvido pela agência de notícias Reuters.

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