A Justiça negou o pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa do médico pediatra Fernando Cunha Lima, acusado de estupros, e determinou sua transferência de Pernambuco para um presídio na Paraíba no prazo de até 30 dias. A decisão foi assinada na última quarta-feira (19). A defesa, no entanto, se posiciona contra a transferência, alegando agravamento do estado de saúde mental do acusado.
De acordo com o advogado Aécio Farias, a saúde psicológica de Fernando tem se deteriorado, e há risco à integridade física dele. “Eu falo com ele apenas sobre questões profissionais, mas existem laudos psiquiátricos atestando essa ideação suicida, com pareceres de psiquiatras tanto da Paraíba quanto de Pernambuco. A situação dele é de mal a pior”, afirmou o defensor.
Fernando Cunha Lima foi preso no último dia 17 de março, após ser localizado em um flat no bairro do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Ele estava foragido havia quatro meses, após ser alvo de mandado de prisão expedido pela Justiça da Paraíba.
Ao ser preso, o médico chegou a declarar que permaneceria detido por apenas dois dias, alegando problemas de saúde. No entanto, já se passaram cinco dias desde a prisão, e ele segue custodiado em uma unidade prisional no município de Abreu e Lima, em Pernambuco.
A defesa deve recorrer da decisão que determina a transferência do médico para a Paraíba. Enquanto isso, o caso segue sob análise da Justiça e chama atenção pela gravidade das acusações e pelo estado de saúde do acusado.
