REARRANJO
Por unanimidade: Executiva do PSDB aprova fusão com o Podemos

A executiva nacional do PSDB aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira, a fusão com o Podemos. O tema, porém, ainda precisará ser aprovado pela base do partido em convenção partidária. Foi convocada a Convenção Nacional para o dia 5 de junho, que vai deliberar sobre o tema e sobre eventuais alterações no estatuto do partido.

“Avançaremos na busca de um alternativa partidária que se coloque no centro democrático, longe dos extremos, e que permita ao país voltar a se desenvolver. PSDB e Podemos continuarão se reunindo nas próximas semanas para construir as convergências necessárias à consolidação de nossa união de estruturas e, principalmente, de propósitos”, afirma nota do partido.

A negociação entre as legendas envolve a criação de um um novo estatuto combinando os programas de ambos os partidos. Além disso, a tentativa seria manter os nomes de ambas as legendas, como PSDB-Podemos. Para os tucanos, o ideal é o PSDB permanecer na frente, por ser a legenda mais antiga. Os detalhes da união devem ser articulados nos próximos dois meses.

O PSDB vem definhando desde as eleições gerais de 2018, quando Geraldo Alckmin, então candidato à Presidência, acabou com 4,76% dos votos. Nos anos seguintes, o ex-governador de São Paulo, João Doria, tomou a frente das costuras políticas do partido, tentou se alinhar a Jair Bolsonaro, mas recuou depois que o ex-presidente apresentou posturas negacionistas durante a pandemia de Covid-19.

Os sinais trocados confundiram o eleitor, que passou a rejeitar Doria. A crise respingou na eleição municipal de 2020, quando o PSDB perdeu dezenas de prefeituras pelo país. Em 2024, o partido não elegeu prefeitos em capitais pela primeira vez desde 1988.

Antes de se unir ao Podemos, o PSDB chegou a negociar uma possível fusão com o PSD, de Gilberto Kassab, e o MDB, de Baleia Rossi. Mas a possibilidade poderia levar a submersão total do partido, diante de legenda maiores. A possível união também vinha provocando um racha interno, já que em determinados estados havia divergências com o comando das outras legendas. Em Minas Gerais, Aécio Neves temia perder influência para Rodrigo Pacheco, por exemplo, já que o senador do PSD e ex-presidente do Senado não esconde as pretensões de crescimento político, como disputar o governo do estado.

Desde o início das movimentações para a união com o PSD ou MDB, integrantes da base tucana se mostraram incomodados e argumentaram que isso significaria abrir mão de uma tentativa de reabilitação.

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