DADOS DO CAGED
Número de beneficiários do Bolsa Família supera o de trabalhadores com carteira assinada na Paraíba

A Paraíba tem mais pessoas recebendo o Bolsa Família do que trabalhadores formais com carteira assinada. De acordo com levantamento divulgado pelo portal UOL, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e registros do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o estado conta com 667.654 beneficiários do programa social, enquanto o número de trabalhadores formais é de 515.634.

A comparação, feita com dados referentes ao mês de maio, evidencia a importância do Bolsa Família como principal fonte de renda para uma parcela significativa da população paraibana. A situação da Paraíba não é isolada: outros 11 estados brasileiros também apresentam esse desequilíbrio, entre eles Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Amapá, Amazonas e Acre — a maioria situada nas regiões Norte e Nordeste.

Atualmente, o Bolsa Família atende mais de 20 milhões de famílias em todo o país, promovendo o combate à pobreza e à insegurança alimentar. O valor médio do benefício ultrapassa os R$ 680 por família, podendo variar conforme o número de integrantes, idade, gestantes ou crianças em idade escolar, além de outras condições específicas.

Na Paraíba, o programa representa uma rede de proteção social essencial em áreas marcadas por altos índices de vulnerabilidade e desemprego estrutural. Os recursos distribuídos movimentam a economia local, especialmente em municípios de pequeno porte, onde o repasse mensal do Bolsa Família chega a ser uma das principais fontes de receita do comércio.

Para ter acesso ao programa, as famílias precisam estar inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e atender a critérios de renda mensal per capita de até R$ 218. Além disso, os beneficiários devem cumprir condicionalidades relacionadas à saúde e à educação, como a frequência escolar de crianças e a atualização da carteira de vacinação.

A disparidade entre o número de beneficiários e de empregos formais também revela o desafio do país em gerar oportunidades de trabalho em regiões historicamente afetadas por desigualdades socioeconômicas.

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