O empresário Giuliano Bertolucci entrou na Justiça contra o Corinthians para cobrar uma dívida de aproximadamente R$ 78 milhões, referente a transferências e comissões envolvendo negociações de jogadores nos últimos anos.
Em resposta, o clube reconheceu o processo e informou que já tomou medidas para incluir Bertolucci no Regime Centralizado de Execuções (RCE), submetido ao Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD). Apesar das pendências, o Corinthians afirmou manter um bom relacionamento com o empresário.
Bertolucci, que representa jogadores como Matheuzinho e ex-corintianos Jô, Paulinho e Ramiro, lidera a lista de credores do clube. Cinco ações foram registradas no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), com valores de R$ 43,2 milhões, R$ 24,5 milhões, R$ 6,2 milhões, R$ 3,7 milhões e R$ 322 mil.
Além de Bertolucci, os empresários Carlos Leite e André Cury também aparecem na lista de credores. Juntos, os valores devidos aos agentes somam cerca de R$ 170 milhões.
Plano de Pagamento
Em novembro, o Corinthians apresentou um pedido para ingressar no RCE, com um plano de parcelamento de dívidas que totalizam R$ 379 milhões, abrangendo empresários, ex-jogadores e clubes. Criado pela Lei da SAF, o mecanismo visa organizar as pendências, formar uma fila de credores e evitar bloqueios e execuções judiciais.
Dívida Total do Clube
Atualmente, o Corinthians acumula uma dívida de aproximadamente R$ 2,3 bilhões, a maior entre os clubes brasileiros. Desse montante, R$ 710 milhões correspondem à pendência com a Caixa Econômica Federal pela construção da Neo Química Arena.
Para ajudar a quitar o estádio, o clube, a Caixa e a Gaviões da Fiel, principal organizada corintiana, firmaram um Protocolo de Intenções. A campanha de arrecadação já conseguiu R$ 34,7 milhões.