O Supremo Tribunal Federal (STF) adotará medidas de segurança reforçadas para o julgamento, na próxima terça-feira (25), da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Braga Netto e outros seis acusados de envolvimento em uma trama golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
A Primeira Turma do STF analisará a acusação feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chamado “núcleo 1” da suposta conspiração, que inclui:
- Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
- Walter Braga Netto – general e ex-ministro da Defesa
- Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do DF
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
- Paulo Sérgio Nogueira – general e ex-ministro da Defesa
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no caso
Segurança Reforçada
Diante da importância do julgamento, o STF ampliará o controle de acesso, o monitoramento das instalações e o policiamento ao redor da Corte. Além disso, equipes de pronta resposta estarão de prontidão para eventuais emergências. A segurança será coordenada pela Polícia Judicial do STF, com apoio da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
As medidas buscam proteger servidores, advogados e jornalistas envolvidos no julgamento. A decisão ocorre após o atentado suicida de novembro de 2023, quando um homem tentou explodir um artefato na sede do Supremo.
O Julgamento
A Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, será responsável por decidir se os acusados se tornarão réus. Pelo regimento interno da Corte, cabe às turmas do STF julgar ações penais quando um ministro relator integra um desses colegiados.
