A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (28), cinco integrantes de um grupo criminoso que operava como uma verdadeira “agência de extermínio”. O bando, que incluía militares da ativa e da reserva, cobrava até R$ 250 mil para monitorar e matar autoridades, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin.
As investigações tiveram início com o assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em 2023, em Cuiabá (MT). A apuração do caso levou à descoberta do grupo extremista, que se autodenominava “Comando C4” – sigla para “Comando de Caça Consumistas, Corruptos e Criminosos”.
Segundo a PF, o grupo mantinha tabelas com os valores cobrados por assassinato, variando conforme o cargo da vítima: R$ 150 mil para senadores e R$ 100 mil para deputados. Também foram encontrados documentos escritos à mão com nomes de autoridades brasileiras, incluindo parlamentares e ministros do STF.
Os cinco presos na operação são:
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Aníbal Manoel Laurindo – produtor rural, apontado como mandante;
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Coronel Luiz Cacadini – suspeito de financiar o grupo;
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Antônio Gomes da Silva – apontado como o executor dos crimes;
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Hedilerson Barbosa – suspeito de intermediar os assassinatos e dono da arma usada;
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Gilberto Louzada da Silva – também integrante do grupo.
Além das prisões, a operação revelou ainda um possível esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Mato Grosso, que está sendo investigado.