O senador Efraim Filho, líder do União Brasil na Paraíba, admitiu na noite desta segunda-feira (06) a possibilidade de apoiar o deputado federal Hugo Motta (Republicanos) caso ele decida disputar o Governo do Estado nas eleições de 2026. A declaração abre espaço para uma eventual aliança com o Republicanos, fortalecendo a articulação política no estado.
Efraim avalia que o caminho mais provável para Hugo Motta seja buscar a reeleição como deputado federal, especialmente considerando a perspectiva de ele assumir a presidência da Câmara dos Deputados. Ainda assim, destacou que, caso Motta opte por disputar o Palácio da Redenção, ele teria potencial para unir apoios tanto da base do governador João Azevêdo (PSB) quanto da oposição.
“Tenho a melhor das relações com Hugo e não teria dificuldades de votar nele. Acredito que, eleito presidente da Câmara, o caminho natural seria a reeleição. No entanto, se Hugo optar por disputar o Governo, ele é alguém com perfil para unir nomes de oposição e do governo. Mas, acredito que ele vai priorizar a reeleição à presidência da Câmara, o que é uma posição estratégica, e deixar a disputa para o governo ou Senado para 2030 ou mais adiante”, analisou o senador.
Sobre as alianças políticas, Efraim também não descartou a possibilidade de diálogo com o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), mesmo estando em campos opostos. “O movimento pode existir, vai depender dos acontecimentos futuros”, ponderou.
Escolha do candidato da oposição
Efraim destacou que o nome que representará a oposição nas eleições de 2026 será definido por consenso em 2025, a partir de consultas e diálogo com a população.
“Será uma decisão construída com aliança, não apenas com os partidos, mas com o povo. O candidato da oposição será definido com humildade e baseado em critérios como pesquisa, apoio das bases e o que a sociedade deseja. Temos boas opções, como Romero Rodrigues, Pedro Cunha Lima e eu mesmo”, declarou.
O senador ressaltou que a unidade entre os principais nomes da oposição será um diferencial. “Estamos alinhados, com um pacto de união e construção em comum. A palavra-chave será inovação, ouvindo a população para entender o que ela espera de um futuro governo”, concluiu.
