A Paraíba desponta como um dos principais focos de tensão nas negociações para a formação de uma federação entre os partidos Progressistas (PP) e União Brasil. No Estado, as duas legendas ocupam campos políticos opostos, o que dificulta o avanço do acordo nacional.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o PP paraibano pretende lançar o vice-governador Lucas Ribeiro como sucessor do atual governador João Azevêdo (PSB) nas eleições de 2026. Já o União Brasil aposta no nome do senador Efraim Filho para liderar a disputa pelo campo da oposição.
Lucas Ribeiro é sobrinho do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), aliado próximo do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira. Efraim Filho, por sua vez, conta com o apoio da cúpula do União Brasil para consolidar sua candidatura.
Embora as lideranças nacionais dos dois partidos avancem nas tratativas para a criação da federação, o projeto enfrenta resistência em pelo menos 13 Estados, o que pode impactar diretamente o cenário eleitoral de 2026.
Diferente das coligações, as federações partidárias exigem que os partidos atuem de forma unificada em todas as esferas — federal, estadual e municipal — durante todo o mandato, sob risco de sanções. Se concretizada, a união entre PP e União Brasil poderá movimentar um fundo eleitoral superior a R$ 1 bilhão em 2026. O nome mais cotado para presidir a federação é o do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).